“A experiência mais incrível que pude vivenciar”

Mateus Silva de Barros*

| 15 março 2018

Na foto, Mestre Aloysio conversa com jovens e fala da esperança por ele depositada em cada jovem ali presente | Foto: André Nova.

Foram convidados a participar do I Encontro de Jovens Plantadores, os jovens e a equipe de apoio da Orientação Espiritual de Crianças e Jovens do Núcleo Mestre Constantino, localizado em Rorainópolis (RR). O encontro foi realizado nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro, no município de São João da Baliza (RR), no Sítio José Gabriel da Costa.

Foi a experiência mais incrível que pude vivenciar até o presente momento da minha vida. Acredito que não só eu tive esse sentimento, pois deu para perceber no olhar e no sorriso de cada um, ali presente, a alegria e a emoção por estar vivenciando um momento histórico.

Desde o início da viagem, ao sair de casa, o trajeto percorrido entre as cidades e a emoção ao chegar no sítio onde aconteceu o evento e ser recebido com sentimento de acolhimento, já pude perceber o quanto importante seria cada minuto aproveitado naquele lugar.

Depois da receptividade, fomos informados que os jovens iriam participar de uma gincana no decorrer do evento, com objetivo de integração das equipes e incentivo ao conhecimento das seguintes atividades: trilhas dos nove vegetais, plantas medicinais, disciplina, liderança, comunicação, organização e criatividade.

As equipes da gincana foram organizadas pelo Mestre Central da 16ª Região, Aloysio Menezes, que usou como critério unir jovens de Núcleos e idades diferentes, possibilitando assim que conhecêssemos uns aos outros. Cada equipe tinha um nome: Pau D’arco, Mulateiro e Castanheira. Eu fiquei na equipe Castanheira, que foi a campeã da gincana.

Além da convivência com novas pessoas, tivemos como experiência o contato com a natureza e, andando pela trilha dos nove vegetais, aprendi sobre Breuzinho, Apuí, Samaúma, Mulateiro, Pau D’arco, Castanheira, Imburana de cheiro, Carapanaúba e Maçaranduba. Aprendemos também sobre os vegetais que não estão entre esses nove, mas que possuem grande importância, como o João Brandinho e o Cajueiro.

Tivemos orientações com oficinas educativas em que aprendemos como colher o Mariri na floresta, desde o início, pedindo licença à natureza, até a colheita, cortando de cima para baixo, além do uso de rapel.

Também participamos de uma oficina de compostagem, aprendendo a importância de reaproveitar restos de alimento para produzir adubo orgânico e de uma oficina de plantio de árvores de grande porte para reflorestamento. Recebemos dicas de primeiro socorro, utilizando recursos naturais em meio à floresta.

Houve, na programação, o momento cultural nas noites dos dias 11 e 12, com apresentações de músicas, teatro, poesia, versos, histórias e piadas; espaço no qual tivemos a oportunidade de mostrar nossos talentos.

Só me resta expressar o tamanho do sentimento de gratidão que sinto por toda equipe organizadora do evento que deu o seu melhor para fazer acontecer e que me proporcionou tamanha aprendizagem. Como disse o Mestre Aloysio, “vocês não sabem o tamanho da esperança que deposito em cada um dos senhores”.

Meu desejo é que eu possa ter o merecimento de poder me reencontrar novamente com toda essa experiência vivida durante esses três dias. Três dias que, em termos de números, parecem pouco, mas quando me refiro ao I Encontro de Jovens Plantadores, posso traduzir em três lindas e importantes palavras: Luz, Paz e Amor.

*Mateus Silva de Barros tem 16 anos, cursa o segundo ano do ensino médio e frequenta o Núcleo Mestre Constantino (Rorainópolis, Roraima).

2 respostas
  1. Adriano Flávio Santos da Rocha
    Adriano Flávio Santos da Rocha says:

    Deveras uma grande riqueza a todos que puderam participar deste encontro com o Mestre Aloysio, pessoa que tive a honra de conhecer e com quem tive a grata satisfação de aprender um pouco do tanto de coisas que nossa natureza tem para nos dar! Sejam Felizes!

    Atenciosamente, Adriano Flávio.

    Responder

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