Amor sem fim

| 10 Maio, 2020

Raquel Martín Luzardo*

Raquel e as filhas Julia e Dara | Arquivo pessoal.

Não tenho palavras para descrever o sentimento que tomou conta de mim no dia em que nasci como mãe. Um sentimento que engrandeceu o amor que eu já sentia. Foi um amadurecimento do amor. Antes era só eu, agora são minhas filhas, e depois eu. O meu sentir como mãe e o amor pelas minhas filhas vêm em primeiro lugar, antes dos meus objetivos e/ou motivações como ser individual. Não há condições, sejam quais forem, eu vou amá-las igualmente, o meu amor por elas não mudará em função das suas conquistas.

Este amor tem princípio, mas não tem fim. Com as minhas filhas eu aprendo a oferecer o melhor de mim, ver e melhorar aquilo que eu preciso transformar. Eu as educo, mas elas me ensinam. Eu sei que, como diz o texto de Khalil Gibran, as minhas filhas não me pertencem, mas elas são parte de mim, elas são o que eu deixo neste mundo e o meu querer mais profundo é que elas sejam felizes.

Às vezes, eu penso que sei quais são as coisas que podem lhes trazer felicidade, mas no fundo do meu ser tenho a certeza de que não são coisas o que lhes farão felizes, mas sim estarem bem orientadas no caminho certo. E quando eu vejo que essa semente cresce nelas, que são meninas de bom coração, que aprendem a distinguir a realidade da ilusão, não se deixando levar por qualquer onda que vem, isto me traz calma.

Ser mãe, se aprende sendo mãe. Sempre tive uma boa referência na minha vida, na qual me inspirei: minha mãe. Ela sempre procurou me transmitir bons valores, que guardo como tesouros: a verdade, a generosidade, o amor ao trabalho e à vida. Seguindo seus passos é que eu estou aqui neste caminho espiritual que tanto bem faz a mim e a minha família, e é onde eu quero continuar hoje e sempre.

*Raquel Martín Luzardo é espanhola e integrante do Corpo do Conselho do Núcleo Valência, Valência (Espanha), esposa de Jean Carlos e mãe de Julia (14) e Dara (8). 

2 respostas
  1. Jocimar Nastari
    Jocimar Nastari says:

    Raquel, você abre teu texto dizendo que não tem palavras para descrever teu sentimento de mãe. É isso mesmo. Mas as tuas palavras deixam claro que amor de mãe é mesmo amor sem fim. Grato.

    Responder

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