UDV apoia mulheres refugiadas na Europa
Adriana Maria Gomes Souza*
| 17 dezembro, 2018
O Departamento de Beneficência do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, por meio de sua Associação Beneficente Casa da União, tem realizado ações sociais também nos países da América do Norte, Europa e Oceania, dando sua contribuição em apoio a pessoas carentes em todos os países onde a UDV está presente. Na Europa e Oceania, esse trabalho ainda é como um grão de areia em um imenso oceano, e acontece dentro das possibilidades e especificidades de cada país, mas mostra uma irmandade ativa e comprometida em servir voluntariamente, de diferentes formas, às pessoas necessitadas.
Aproveitando a visita da Conselheira Maria do Carmo Irigaray (Sede Geral-DF), Vice-Presidente da Casa da União no âmbito internacional, foi realizada em Valência (Espanha) mais uma ação de apoio a mulheres refugiadas que chegaram à Espanha, fugindo de guerras, da pobreza e de diversas formas de violência.
Essas mulheres viajaram sozinhas, algumas grávidas, outras acompanhadas de menores, em situação de extrema vulnerabilidade, fugindo de conflitos, violências e ameaças graves. Para elas é um grande desafio reiniciar a vida num outro país, onde não conhecem ninguém e precisam lutar a cada dia para fortalecer a esperança e acreditar que podem seguir com melhores condições de vida e oportunidades.
O workshop conduzido pela C. Maria do Carmo Irigaray, psicóloga e terapeuta especializada em Constelação Familiar, teve como tema “Honrando as Origens” e causou um profundo e positivo impacto para as mulheres presentes. Os depoimentos de algumas das participantes (nomes e fotos não são publicados por medida de segurança) falam por si:
“Nunca pensei que poderia participar de algo assim! Sofri muito e nunca pensei em deixar meu país, minha gente e minha família. Hoje senti a presença de Deus e confiança de que posso seguir lutando. Gratidão é o que sinto em meu coração.” – E.J.P. (75 anos, Venezuela)
“Foi um belo trabalho! Me ajudou a recobrar a confiança primeiramente em mim e logo com as demais pessoas. Falei sem abrir minha boca, escutei sem estar dependente dos demais e percebi qualidades que nem sabia que existiam em mim. Muito obrigada!!” – V.M.T. (49 anos, El Salvador)
“Gostei muito. Senti que todas fazemos parte e estamos juntas; senti a força de meus antepassados e o que faço vem deles. Muito obrigada!!” – H.K. (28 anos, Saara Ocidental)
“Entendi que não estamos sós, somos iguais, temos que cuidar de nós mesmas e das demais, respeitando um ao outro…” – D.N. (27 anos, Quirguistão)
“Senti a força de meus pais e avós, eles estavam comigo para me dar forças; foi muito bom, um presente…” – M.R. (53 anos, Venezuela)
De acordo com Maria Irigaray, “essa iniciativa do Departamento de Beneficência teve como objetivo promover melhores níveis de bem-estar a essas pessoas, fortalecendo-as para que se reconheçam como mulheres resilientes, vencedoras e capazes de seguir mantendo o dom maior que lhes foi dado: a vida”.
Como Coordenadora Regional da Beneficência e Responsável pelo Serviço de Apoio Psicológico junto à Comissão Espanhola de Ajuda a Refugiados (CEAR), acredito firmemente que o trabalho com essas mulheres refugiadas merece uma especial atenção e, em nome da DAV de Valência e da CEAR, agradeço à C. Maria Irigaray pela sua disponibilidade em coordenar esse segundo workshop promovido pela Casa da União, tão importante para que essas mulheres refugiadas possam seguir nutrindo a si mesmas, aos seus filhos e a sua família.
*Adriana Maria Gomes Souza é coordenadora Regional da Beneficência da UDV da 1a Região da Europa e Oceania e integrante do Corpo do Conselho da Distribuição Autorizada de Vegetal (DAV) de Valência-Espanha.
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Trabalho bonito, humanitário, que merece todo nosso respeito e gratidão pelo exemplo de amor ao próximo.
Que belíssimo trabalho! Desejo que ele continue chegando a quem precisa e que continue sendo abençoado. Que alegria por ver a força da Casa da União e da solidariedade circulando o mundo.
Maravilhoso! Parabéns, Conselheira Maria e toda a irmandade!
Muito importante esse trabalho de acolhimento, mostrando para as pessoas o valor da dignidade. Pode parecer pequeno como grão de areia, mas pra quem recebe é grandioso. Parabéns!
Belíssima iniciativa. Ver a propagação do Amor ao próximo independente da sua nacionalidade, raça ou crença é algo sublime!
Parabéns
Maravilhoso trabalho, estou emocionada. Senti a presença mais próxima do nosso Mestre de Luz!!
Parabéns aos irmãos de Valência! Gratidão pelo sublime exemplo!!
Muito nobre esse trabalho de acolher e ressignificar. O amor é terapia. No mundo não há nenhum outro tratamento senão o Amor.
Lindo esse trabalho com mulheres refugiadas! Conheço e indico o trabalho da C. Maria, é especial. Que possamos sempre escolher a VIDA!
A Conselheira Maria Irigaray é uma pessoa preparada e fico feliz em ver essa iniciativa com apoio institucional do nosso Centro. Ações com abordagem humana, mobilizadoras das capacidades individuais através da compreensão dentro da espiritualidade , são ações políticas transformadoras. Parabéns à Casa da Uniao.
Que lindo trabalho de trazer Paz e Amor além do nosso coração, esse trabalho representa o que tenho como ideal na minha vida nesse lugar que escolhi para caminhar! Deus abençoe C. Maria e todos envolvidos, e o Mestre continue sempre a nos guiar nessa União! Fiquei emocionada!❤
Meus parabéns à irmandade de Valência e à Conselheira Maria pelo belíssimo trabalho! A Ciência a serviço do Amor e da União é a esperança do Mestre e nossa. Gratidão! E que esse trabalho traga ainda muitos frutos.
Quero ser grato a Conselheira Adriana por relatar este belíssimo trabalho realizado pela Conselheira Maria Irigaray com aquelas mulheres, que em algum momento foram excluídas e maltratadas. Esse ato de fraternidade na Espanha tem um apreço e um reconhecimento pela Beneficência do Centro. Parabéns
Que legal!!! Bonito trabalho! Aproveito para fazer um convite aqui pra Roraima, onde temos tantas refugiadas da Venezuela. Acredito que pode ser engradecedor para elas. Grande abraço e grata pelo belíssimo trabalho.
Fiquei sensibilizado pela proposta. Humanidade.
Que lindo trabalho!
Pessoas que estão fora de seu país, em situação difícil, muitas vezes tendo que começar do zero, tendo um conforto, palavras de orientação e amor. Isso não tem preço. Uma força preciosa na caminhada deles. Que a beneficência continue fazendo esse belo trabalho, ultrapassando fronteiras e auxiliando a humanidade, nossos irmãos. Parabéns a todas e a todos!
Um belo exemplo a ser seguido também no Brasil. Segmentos populacionais fragilizados são comuns em todo o país, desde as vítimas da violência doméstica nos grandes centros urbanos, até as famílias ribeirinhas desassistidas na Amazônia. Essa é a UDV que aprendi a respeitar. Parabéns a todos os que participaram.
emocionei.
a gente tá habituado a ver acontecimentos por aqui e não faz idéia do que são outras necessidades do ser humano.
gratidão às mãos que acolhem e aos corações que amam.
Muito bonito tanto a iniciativa quanto o trabalho realizado! Desejo força e luz para essa mulheres! Que sigam em busca de dias melhores!
Vejo essa iniciativa de atendimentos aos refugiados como um tesouro a mais no coração da UDV, que é a beneficência. Também o Mestre Gabriel foi um dia um retirante, em meio a muitos que buscaram uma vida melhor em terra nova. Hoje em dia, o mundo, incluindo o Brasil, está lidando com intensos movimentos migratórios. Por esses movimentos, muitos de nós estamos aqui vivos, graças à fibra de nossos antepassados e à oportunidade que o país lhes deu. Deixaram para trás a guerra, a perseguição e a penúria, e trouxeram contribuições civilizatórias riquíssimas para o Brasil: portugueses e demais europeus, africanos, japoneses e tantos outros. Entre os refugiados de hoje, no Brasil e em outras nações, com certeza há irmãos caianinhos do porvir.
Trabalho relevante, de resgate da dignidade humana e fortalecimento das pessoas como elas são, ligando-as aos seus antepassados e suas raízes. Diversos estudos tem mostrado que a Europa não sobrevive sem os migrantes, que constituirão a maior parte da força de trabalho jovem e garantirão a previdência dos mais velhos. É preciso que as questões sejam administradas da maneira que a necessidade impõe, mas é sempre melhor quando se fortalece a dignidade das pessoas. Como diz o poeta: somos todos irmãos, só não falamos a mesma língua…
Mãos que afagam, mãos que acolhem, mãos que socorrem, fazendo o bem sem olhar a quem. Fiquei sensibilizada e feliz pelo amparo às nossas irmãs.