Um lugar para a gente crescer e ser feliz

Maria Solara Mota*

| 9 Novembro 2017

No dia 23 de setembro de 2017, início da primavera no hemisfério Sul, tive a oportunidade de participar, no Núcleo Pupuramanta (Vargem Pequena – RJ), do Encontro da Diretoria Geral da UDV com o Corpo Instrutivo da 5^a Região.

Venho migrante de outra região do Brasil, lá do Ceará, onde, no Núcleo Tucunacá (Caucaia-CE), cheguei à União do Vegetal, me integrei à irmandade, me associei e fui convocada para o Corpo Instrutivo. Neste ano, inteirei 10 anos como sócia da UDV, estando há 2 anos no Rio de Janeiro, seguindo no Núcleo Pupuramanta, onde me senti acolhida, pouco a pouco, a esta nova tribo.

Participar do Encontro foi um presente, pois, até bem pouco tempo, não tinha certeza da possibilidade de estar na cidade no momento em que ele ocorreria. Até que um irmão me falou: “mas você é uma discípula do Corpo Instrutivo, então você vem estar no encontro”, e assim aconteceu. Foi uma oportunidade de conhecer mais a 5ª Região, conhecer um tanto de gente dos Núcleos daqui que vem pelejando para fazer valer nas próprias vidas as letras do bolso da camisa: UDV

Desde que cheguei à União do Vegetal, ainda não havia participado de um momento em que a organização geral do Centro fosse apresentada à irmandade. Das coisas que me fizeram identificar a UDV como o lugar onde quero estar, o principal foi o Vegetal e a doutrina do Mestre. Além desses dois pontos, a organização foi também algo que me fez permanecer, pois percebi a seriedade do trabalho. Vejo na UDV uma forma de organização que sinto ser uma das ideais para o desenvolvimento do ser humano, pois possibilita a cada associado aprender a autogestão e a auto-organização dentro de cada Núcleo. Assim, a gente pode ir trazendo para a vida também, internalizando um conceito de estrutura.

No encontro, tivemos a oportunidade de conhecer a organização da Administração Geral da UDV, tendo sido apresentados os órgãos, os cargos existentes e quais as funções competentes a cada cargo. Além disso, foram apresentadas as pessoas que vêm exercendo tais cargos no presente triênio, e os projetos desenvolvidos no atual mandato. Conhecer mais do sistema de organização administrativa, por exemplo, me entusiasmou a querer estar mais próxima da diretoria do Núcleo, para aprender e contribuir mais. Também fortaleceu a percepção de que o crescimento da UDV vem se dando dentro de uma ordem, semelhante à que temos nos Núcleos, transmitindo mais segurança.

O que mais me interessou, no entanto, foi a apresentação dos recursos financeiros arrecadados pela Diretoria Geral, bem como o conhecimento da destinação a eles dada por meio dos eixos estratégicos. Vejo como essencial conhecer a fonte financeira e a gestão dos recursos administrados pela Diretoria Geral para a aproximação nossa aos trabalhos da administração geral, integrando e unindo. Senti também, no encontro, a expressão da vontade de construir um espaço de transparência da Diretoria Geral com a irmandade da UDV. A transparência que compõe um dos pilares da honestidade, tão necessária de ser valorizada em nosso país. No demonstrativo financeiro, até os centavos foram contados. Essa transparência só fortalece a vontade de seguir na UDV e de contribuir com os trabalhos.

Acredito que o conhecimento da destinação, da necessidade e da forma de administração dos recursos financeiros constitui um dos meios mais eficazes na promoção da adesão da irmandade às iniciativas de equilíbrio financeiro desenvolvidas pela Diretoria Geral, tais como a Faixa Adicional, o Fundo de Participação e o Mercado Inca. Esse foi o ponto que vejo como mais fundamental.

Durante o encontro, trabalhamos em equipes com pessoas de outros Núcleos, colaborando da maneira que estávamos podendo, nos conhecendo também no trabalho. E assim, acho que vamos transformando em familiar a nova morada. Trabalhando, se integrando e conhecendo. Oportunidades assim, de encontros como esse, nos possibilitam isto: fazer amigos e ver também que a União está crescendo. É sentir o amor do Mestre em cada um de nós, na irmandade que se faz presente.

Tudo isso é um presente, principalmente quando, atravessando uma cidade tão grande e intensa, chegamos e nos deparamos com um ambiente diferente do mundo lá fora, quase um oásis. A casa cheia, mas não havia aperto, pois havia organização. Irmãos e irmãs trabalhando, contribuindo. São momentos que ficam na memória.

Foi bom assistir às palestras, cercada de amigos. Senti a alegria do momento, sob o Sol da tarde e depois sob o sorriso da Lua Nova, percebendo que não somos perfeitos, mas que temos uma obra que o Mestre deixou para nos auxiliar a desenvolver nosso potencial, e assim nos tornarmos seres humanos melhores. Muito já foi feito, mas tem ainda um tanto de trabalho a ser desenvolvido e um tanto de pessoas que podem contribuir. Para mim, fica cada vez mais a certeza de que o Mestre deixou uma boa estrutura, uma base fundamental e um lugar para a gente crescer e ser feliz.

Veja abaixo o vídeo produzindo durante o Encontro da DG com o Corpo Instrutivo da 5ª Região:

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*Maria Solara Mota é integrante do Corpo Instrutivo do Núcleo Pupuramanta.