Mestre Hilton, o primeiro presidente da diretoria da UDV

Equipe do Blog

| 6 Dezembro 2017

O Mestre Hilton Pereira Pinho (Mestre Hilton) estaria completando hoje 107 anos de idade. Desencarnou, em 24 de junho de 1985, com 74 anos. Foi um dos Mestres da Origem da UDV e teve papel importante na organização do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal. Mestre Mestre Gabriel criou a União do Vegetal em 1961 nos seringais da divisa de Brasil e Bolívia. Foi, a partir de 1965, quando chegou com sua família em Porto Velho (RO), que começou a formalizar a religião. Foram criados os primeiros documentos, normas e departamentos que, atualmente, norteiam a administração do Centro.

Nesse contexto, destaca-se o trabalho do Mestre Hilton, primeiro presidente da então Associação Beneficente União do Vegetal (1968), na busca de cumprir as leis do País e de assegurar a tranquilidade dos discípulos que vinham acompanhando o Mestre. Além de propor ao Mestre Gabriel a criação de uma associação que permitisse aos sócios o pagamento das despesas, Mestre Hilton escreveu o primeiro Regimento Interno da instituição, que tinha 16 artigos.

“Na redação do regimento, Hilton previu, por iniciativa própria, a existência de três classes de filiados na UDV: Mestres, Conselheiros e Discípulos. Mestre Gabriel aprovou e, com base nisso, começou a graduar seus discípulos, acrescentando uma instância hierárquica: o Corpo Instrutivo. Nele, reuniu os discípulos que demonstravam maior capacidade e interesse na absorção dos ensinos e doutrina, expressa também (e sobretudo) na transformação de condutas” (Trecho da Biografia ‘Mestre Gabriel, o Mensageiro de Deus’ de autoria do escritor e Mestre Ruy Fabiano Rabelo – Sede Geral, Brasília-DF).

Da E/D: Mestres Luis Cardoso, José Luiz de Oliveira e Hilton Pereira Pinho | DMC/Sede Geral.

Primeira Diretoria 

Mais adiante, Mestre Hilton e o Mestre José Luiz de Oliveira elaboraram o Estatuto da Associação Beneficente União do Vegetal, registrado em 1968 com 64 artigos. A indicação da primeira diretoria foi feita por Mestre Gabriel e aclamada pelos presentes na sessão de Vegetal, tendo Mestre Hilton na Presidência, Mestre Raimundo Monteiro de Souza na vice-presidência e Mestre José Luiz como primeiro-secretário. Antônio Cavalcante de Deus foi o segundo-secretário, Mestre Raimundo Carneiro Braga foi o primeiro-tesoureiro e Mestre Antonio Domingos Ramos, o segundo-tesoureiro. O Orador Oficial era Mestre Modesto Alves de Souza, o Diretor Social era Mestre Florêncio Siqueira de Carvalho e o Diretor Geral, Manoel Emiliano de Lima. Em 1971, a UDV publicou, em cartório, seus documentos, passando oficialmente a ser denominada “Centro Espírita Beneficente União do Vegetal”, sendo eleito o primeiro presidente, o então conselheiro Francisco Adamir de Lima.

Núcleo Samaúma

Em 1972, Mestre Hilton foi a São Paulo (SP) para contribuir na organização do grupo de pessoas que estava começando a beber Vegetal na cidade. Ensinou algumas chamadas e auxiliou a criar a diretoria e o registro do núcleo em cartório, que precisava de um nome. Quando o Mestre Hilton chegou a São Paulo, viu muitas paineiras que eram da mesma espécie da árvore Samaúma da Floresta Amazônica. Ele andava pela cidade e dizia: “Este é um tipo de Samaúma. Quanta Samaúma!”. E, assim, na hora de escolherem um nome, escolheram Núcleo Samaúma.

Mestre Hilton é também autor de três chamadas, são elas: Força do Amor, Estrela Brilhante e A Lua Vem Surgindo.

3 respostas
  1. José Roberto Azambuja
    José Roberto Azambuja says:

    M. Hilton deu uma importante contribuição para o desenvolvimento e organização do CEBUDV. Compadre de Mestre Gabriel (é padrinho da filha do Mestre), foi pessoa presente nos primeiros anos da UDV em Porto Velho, junto com outras pessoas que tb deram sua parcela de colaboração pela edificação desta Divina Obra.
    Gratidão!
    Que Deus o tenha em bom lugar!!

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  2. José Roberto Azambuja
    José Roberto Azambuja says:

    A União do Vegetal é uma religião original, tanto pela forma em que transmite de seus Ensinos, mas também pela diversidade entre os seus discípulos, representando a riquíssima miscigenação desse grande país em que vivemos: negros, indígenas, brancos, orientais… Todos irmãos.

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