Uma escola de plantadores em plena Floresta Amazônica

Capacitação na Central de Formação de Plantadores da UDV vai ensinar técnicas de plantio e agrofloresta, em uma vivência inesquecível no ambiente nativo das nossas plantas sagradas.

Equipe do Blog

| 22 setembro, 2017

Expedicionários durante capacitação | Foto: Central de Plantadores.

Conhecer o Mariri e a Chacrona em seu ambiente natural, aperfeiçoar o conhecimento sobre o plantio, vivenciar na floresta a experiência de estar diante de grandes Samaúmas, Castanheiras, Apuís e tantas outras espécies nativas de grande porte. Tudo isso faz parte da 8ª Capacitação promovida pela Central de Formação de Plantadores e pelo Departamento de Plantio e Meio Ambiente do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal.

O curso será nos dias 9, 10 e 11 de novembro, em São João de Baliza (Roraima), e vai contar com a presença do Mestre Geral Representante, Clovis Cavalieri Rodrigues de Carvalho, e do Mestre Assistente Geral, Edson Lodi. A capacitação é dirigida apenas aos sócios da UDV e as inscrições são limitadas a 80 participantes.

Ocupando uma área de 60 hectares, a Central de Formação de Plantadores localiza-se em uma região de floresta ainda preservada, um ambiente de grande diversidade de fauna e flora, com muitas espécies nativas da Amazônia. Desde que foi criada, em 2010, a Central já capacitou mais de 700 sócios do Centro.

As inscrições para a 8ª Capacitação podem ser feitas pelo site da Central de Plantadores.

Veja aqui o vídeo da Central de Formação de Plantadores:

Segundo o Diretor do Departamento de Plantio e Meio Ambiente (DPMA), Armínio Pontes, essas experiências são enriquecedoras para a formação de um sócio da União do Vegetal, uma vez que a floresta faz parte das origens da nossa religião. “O DPMA é um braço importante da Diretoria Geral na preparação de dirigentes e conta com a Central como um ponto de apoio fundamental para esse trabalho”, explica.

Quem já participou de uma capacitação na Central de Formação de Plantadores destaca a importância da experiência: “foi um momento bem especial na minha caminhada. Pude conhecer os nove vegetais na floresta, aprender os cuidados com nossas plantas sagradas e, principalmente, estar capacitada para auxiliar os trabalhos do plantio na União do Vegetal”, afirma Renata Santos, sócia do Corpo Instrutivo da Distribuição Autorizada de Vegetal do Hawaii (EUA).

Lucas Ribeiro, integrante do Corpo do Conselho do Núcleo Vento Divino (Lauro de Freitas-BA), já esteve quatro vezes na Central e vai novamente agora em novembro. Para ele, a palavra que define essa capacitação é encantamento. “Desde a primeira vez, fiquei maravilhado. Antes de ir, eu pensava na distância, que era muito longe. Mas quando cheguei lá, fiquei encantado, não apenas com o lugar, mas também com a forma como as pessoas tratam a gente. É uma verdadeira escola no meio da floresta, onde a gente se sente mais próximo da essência da União do Vegetal”, ressalta.

Para o Mestre Central da 16ª Região, Aloysio Menezes Junior, é importante os Núcleos incentivarem os sócios a participarem dessas capacitações, sobretudo os zeladores e os integrantes das equipes de Plantio. “O conhecimento que se adquire na Central fortalece o trabalho nos Núcleos, e o resultado é sentido por toda a irmandade”, explica.

A origem da Central

A história da Central de Formação de Plantadores tem origem no início da União do Vegetal no estado de Roraima. O Núcleo Estrela do Oriente surgiu em 1984 para atender discípulos que bebiam o Chá Hoasca em Boa Vista. Sob responsabilidade do Mestre Manoel Nogueira, foram feitas as primeiras pesquisas de Mariri e Chacrona na região. Naquela época, as plantas não foram encontradas. O Vegetal era trazido de Porto Velho ou de Manaus e, ao mesmo tempo, desenvolveu-se um plantio no sítio Apuí, doado pelo Mestre Francisco de Borges Monteiro.

De acordo com o Mestre Aloysio Menezes Junior, no início dos anos 90, novas pesquisas de Mariri foram feitas no sul do estado, em São João da Baliza, mas os primeiros pés de Tucunacá nativos só foram encontrados na floresta em 1996. Em meio às pesquisas, iniciou-se ainda um plantio na região de São João da Baliza, que também atendia o Núcleo Boa Vista, recém-criado na capital de Roraima.

Posteriormente, houve a aquisição de um terreno maior, de 60 hectares, onde havia pés nativos de oito dos nove vegetais – faltava apenas a Imburana-de- cheiro. Era o início das atividades do sítio José Gabriel da Costa, que tornou-se a sede da Central de Formação de Plantadores e Zeladores, fundada em 10 de novembro de 2010.

Programação Novembro 2017:

Dia 08/11 – Saída às 16h de Boa Vista para São João da Baliza.

Dias 9, 10 e 11/11 – Capacitação com regresso às 20h do dia 11 para Boa Vista.

Dia 12/11 – Encontro em Boa Vista às 16h.

Informações sobre investimento, alimentação e hospedagem estão disponíveis no site da Central de Plantadores ou pelo telefone (95) 99158-9830 (Rômulo)

Nota dos editores do Blog: Inscreva-se o quanto antes pois restam poucas vagas!

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